Thabo Bester e a médica Nandhipa Magudumana compareceram virtualmente, em separado, perante o Tribunal de Magistrados de Bloemfontein, província sul-africana de Free State, onde as audiências do caso foram adiadas para o próximo mês, noticiou a imprensa sul-africana.
A Autoridade Nacional de Acusação (NPA) do Ministério Público sul-africano disse à imprensa local que Thabo Bester se encontrava na prisão de máxima segurança de Kgosi Mampuru II, em Pretória, a capital do país, e que Nandipha Magudumana compareceu virtualmente a partir da prisão de Kroonstad, onde se encontra detida, na província de Free State, centro do país.
No caso de Bester, que mudou de advogado, segundo anunciado, a defesa contestou a comparência virtual, solicitando a sua transferência para o estabelecimento prisional de Bloemfontein, onde possa ser verificada a sua identidade com os advogados no tribunal local.
O magistrado indeferiu o pedido da defesa de Bester, afirmando que a identidade do acusado não foi contestada na primeira audiência no tribunal, adiando depois o processo para 20 de junho, para mais investigações.
Por seu lado, o caso da médica sul-africana Nandhipa Magudumana, que foi detida no mês passado juntamente com Bester, e um cidadão moçambicano, na Tanzânia, após a fuga da África do Sul, foi igualmente adiado para a mesma data no próximo mês para mais investigações, segundo a imprensa sul-africana.
Magudumana e mais seis pessoas são acusadas de terem ajudado Bester a escapar do Centro Correcional de Mangaung, em Bloemfontein, em maio de 2022, onde fingiu a sua morte num incêndio encenado na cela de prisão com o corpo de uma vítima, entretanto já identificada pelas autoridades sul-africanas.
O Ministério do Interior sul-africano emitiu um atestado de óbito para Thabo Bester em maio do ano passado, segundo as audiências no tribunal.
Zolile Sekeleni, o pai de Nandhipa, que se encontra em liberdade condicional após pagamento de fiança, compareceu presencialmente na sala do tribunal juntamente com outros cinco ex-funcionários da empresa de segurança G4S, responsável pela gestão do estabelecimento prisional, onde Thabo Bester estava encarcerado. O caso volta a tribunal igualmente no dia 20 de junho.
Thabo Bester, um violador e assassino condenado, escapou de uma prisão privada em Bloemfontein em maio do ano passado, mas a polícia sul-africana só tomou conhecimento da sua fuga em março deste ano.
As autoridades prisionais pensaram que Bester tinha morrido depois de se ter incendiado atrás das grades, mas no final de março a polícia revelou que os testes de ADN tinham mostrado que o corpo carbonizado encontrado na sua cela não era o seu.
As suspeitas sobre a morte de Bester foram levantadas pela primeira vez no final do ano passado pela agência noticiosa comunitária sul-africana GroundUp.
Apelidado de o "violador do Facebook", Thabo Bester atraiu as suas vítimas através das redes sociais, antes de as violar e roubar, tendo pelo menos uma das vítimas sido morta. Em 2012, foi condenado a prisão perpétua por violação, roubo e homicídio.
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