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Podolyak denuncia deportações forçadas e pede fim do "ciclo interminável"

Podolyak atirou ainda que foi com recurso a estas táticas – "deportações, assassinatos, capturas e saques" – que a Federação Russa aumentou o seu 'império'.

Podolyak denuncia deportações forçadas e pede fim do "ciclo interminável"

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apelou, esta quinta-feira, à punição e ao fim do "ciclo interminável" de deportações forçadas levadas a cabo pelo regime do presidente russo, Vladimir Putin, que considerou ser "uma estratégia favorita de ‘política externa’ da Rússia", de modo a "roubar território".

"A deportação forçada de povos inteiros, com espancamentos em massa obrigatórios, a humilhação coletiva de esposas e mães e a ruína total de lares, é uma estratégia favorita de ‘política externa’ da Rússia. Para roubar território. Para saquear o de outra pessoa. Repovoar o território roubado com um elemento criminoso e chamá-lo ‘seu’", começou por dizer o responsável, através da rede social Twitter.

Podolyak foi mais longe, atirando que foi com recurso a estas táticas – "deportações, assassinatos, capturas e saques" – que a Federação Russa aumentou o seu ‘império’.

"O povo tártaro da Crimeia, que provou duas vezes o horror da tortura e do exílio russo, entende isso muito bem. A Ucrânia também entende que hoje é necessário punir o ‘mundo russo’ e restaurar a justiça. Caso contrário, será um ciclo interminável de ‘deportações ao estilo russo’", rematou.

De notar que a organização não-governamental 'Salvar a Ucrânia' revelou, no dia 11 de maio, que os casos reais de deportações de crianças ucranianas para a Rússia são, pelo menos, 19.400, tendo regressado, no total, 364.

No entanto, não existem dados fiáveis sobre o destino de centenas de milhares de menores nos territórios ucranianos ocupados pelas forças russas desde o início da guerra russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

Ainda assim, e de acordo com o mesmo organismo, Moscovo tem utilizado vários métodos de deportação de menores, além de enviar para o seu território todos os internos em orfanatos e os filhos de ucranianos que morreram durante a invasão.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.836 civis desde o início da guerra e 14.985 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

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