G7 rejeita uso da "coerção" económica com objetivos políticos em alusão à China

Os líderes dos sete países mais industrializados do mundo (G7) rejeitaram hoje a utilização "como arma" do poder exportador e a instrumentalização da "coerção económica" como instrumento político, numa declaração feita a pensar na China.

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Lusa
20/05/2023 07:07 ‧ 20/05/2023 por Lusa

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"Trabalharemos juntos para garantir que as tentativas de converter a dependência económica numa arma, forçando os membros do G7 e os nossos parceiros, incluindo pequenas economias, a anuir e a adaptarem-se, falhem e enfrentem as consequências", disse o bloco, num comunicado.

Os membros do G7, reunidos numa cimeira na cidade japonesa de Hiroshima, manifestaram-se preocupados com "o perturbador aumento de incidentes de coerção económica que procuram explorar vulnerabilidades e dependências" e apelaram a todos os países para que se abstenham destas práticas.

Horas antes, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, tinha confirmado que o bloco ira adotar um conjunto de "ferramentas comuns" para enfrentar a "coerção" económica da China.

Sullivan disse que as medidas se devem concentrar na construção de cadeias de fornecimento mais resilientes para os países do G7, que são fortemente dependentes da China em alguns setores.

O dirigente acrescentou que o acordo pretende também impedir que as exportações de tecnologia para a China prejudiquem a segurança nacional dos países que compõem o bloco.

O acordo irá conterá medidas "para proteger tecnologias sensíveis, como controlos de exportação e disposições para investimentos no exterior", acrescentou Sullivan.

Washington empreendeu nos últimos meses uma campanha intensa para restringir o acesso da China a ferramentas avançadas de fabricação de semicondutores, citando preocupações de segurança nacional.

Sullivan defendeu que as diferenças entre os EUA e a União Europeia sobre a posição a adotar em relação à China foram amplamente esbatidas e que a estratégia comum sublinharia a necessidade de se protegerem, evitando um confronto direto com Pequim.

"Os líderes do G7 também farão hoje uma declaração sobre a nossa abordagem comum, a nossa abordagem alinhada" em relação à China, não contendo nada de "hostil", mas sim um apelo a "relações estáveis com a China e trabalho conjunto em questões de interesse mútuo", disse o norte-americano.

O texto vai especificar as "preocupações" do G7 em relação a Pequim, "mas estas são bem conhecidas da China", declarou Sullivan.

"Esta é uma política multidimensional e complexa para uma relação complexa com um país realmente importante", afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA.

Leia Também: Zelensky e Biden reúnem-se na cimeira do G7

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