Sonko, presidente do partido Pastef - Os Patriotas e terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2019, vai ser julgado por um tribunal penal por violação e ameaças de morte contra uma empregada de um salão de beleza da capital.
O seu julgamento teve início em 16 de maio, também na sua ausência, num contexto de confrontos em Ziguinchor (sul), em Dacar e na sua região, mas foi adiado para esta semana.
O caso mantém o Senegal em suspenso há mais de dois anos. A comparência de Sonko perante a justiça, neste caso e num outro de difamação, têm originado incidentes e confrontos.
Sonko, de 48 anos, admitiu ter ido receber uma massagem para aliviar uma dor crónica nas costas, mas sempre negou as acusações nos casos de alegada violação e difamação e afirmou que o Governo está a conspirar para o manter fora das eleições presidenciais.
Temendo pela sua segurança, anunciou que deixaria de responder às convocatórias do tribunal sem uma garantia do Estado para a sua integridade física. O Estado não deu qualquer sinal de ter cedido a esta exigência.
Presume-se que Sonko se encontra em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara e para onde se retirou há vários dias, a centenas de quilómetros de Dacar.
Os seus apoiantes mantêm uma guarda apertada à volta da sua casa para evitar qualquer tentativa de o prender e de o obrigar a comparecer em tribunal.
Não foram registados distúrbios significativos na manhã de hoje.
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