A decisão deverá ser conhecida a 01 de junho, disse o presidente do tribunal criminal.
A queixosa, Adji Sarr, manteve na véspera a acusação de violação, afirmando ter sido abusada cinco vezes por Sonko no salão de beleza onde trabalhava, na capital do país, Dacar.
O procurador pediu ainda cinco anos de prisão por "corrupção de jovens".
Sarr, com pouco mais de 20 anos, denunciou ainda ameaças de morte que disse ter recebido, numa outra acusação contra o presidente do partido Pastef - Os Patriotas, terceiro candidato mais votado nas eleições presidenciais de 2019.
Em relação a esta acusação, o Ministério Público pediu um ano de prisão. Foi ainda reclamado a Sonko e a Ndèye Khady Ndiaye, proprietária do salão de beleza, o pagamento de 1,5 mil milhões de francos CFA (2,3 milhões de euros).
Sonko, de 48 anos, admitiu ter ido receber uma massagem para aliviar uma dor crónica nas costas, mas sempre negou as acusações nos casos de alegada violação e difamação e afirmou que o Governo está a conspirar para o manter fora das eleições presidenciais de 2024.
Temendo pela sua segurança, o político anunciou que deixaria de responder às convocatórias do tribunal sem uma garantia do Estado para a sua integridade física. O Estado não deu qualquer sinal de ter cedido a esta exigência.
Presume-se que Sonko se encontre em Ziguinchor, a cidade de que é presidente da câmara e para onde se retirou há vários dias, a centenas de quilómetros de Dacar.
Os apoiantes mantêm uma guarda apertada à volta da casa para evitar qualquer tentativa de deter Sonko e de o obrigar a comparecer em tribunal.
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