Num comunicado, a instituição anunciou que o selo UNESCO Global Geopark foi criado em 2015 para reconhecer o património geológico de importância internacional.
"Os geoparques atendem às comunidades locais combinando a conservação do seu património geológico significativo com a divulgação pública e uma abordagem sustentável para o desenvolvimento. As 18 novas designações elevaram a rede para 195 Geoparques Globais da UNESCO, cobrindo uma área total de 486.709 quilómetros quadrados, equivalente ao dobro do tamanho do Reino Unido", destacou o comunicado.
No Brasil, foi reconhecido pela UNESCO o parque de Caçapava, no estado do Rio Grande do Sul. Para os Guarani, um povo indígena no Brasil, este geoparque é "o lugar onde a selva termina" e cujo "património geológico, que consiste na mineração de metais sulfetados e mármore, tem sido vital para o desenvolvimento económico da região."
A UNESCO frisou que os depósitos sedimentares de origem vulcânica da bacia do Camaquã representam o registo mais completo e bem exposto da transição da Plataforma Sul-Americana do período Ediacarano para o Cambriano entre 600 e 500 milhões de anos atrás.
No Brasil foi reconhecido também o geoparque quarta Colônia, localizado no sul do país entre os biomas Pampa e Mata Atlântica.
Este geoparque também é rico em fósseis de vida animal e vegetal, datados de há 230 milhões de anos. Detém o recorde dos dinossauros mais antigos do planeta, com fósseis do Triássico, de grande importância internacional.
Também foram reconhecidos os parques Lavreotiki, na Grécia, os geoparques Ijen, Maros Pangkep, Merangin Jambi e Raja Ampat na Indonésia, Aras e Tabas no Irão, Hakusan Tedorigawa no Japão, Kinabalu na Malásia, Waitaki Whitestone na Nova Zelândia, Sunnhordland na Noruega, Bohol nas Filipinas, Jeonbuk West Coast na Coreia do Sul, Cabo Ortegal em Espanha, Khorat na Tailândia e Mourne Gullion Strangford no Reino Unido.
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