Exército regular russo está a substituir grupo Wagner em Bakhmut
O Governo ucraniano confirmou hoje a substituição de unidades do grupo mercenário Wagner por tropas regulares russas em zonas dos arredores da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Kyiv
"Nos subúrbios de Bakhmut, o inimigo substituiu as unidades Wagner por unidades do exército regular", disse a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, citada pela agência espanhola EFE.
Segundo Maliar, as tropas ucranianas "controlam os arredores da cidade na parte sudoeste do distrito de Litak", o nome de um dos bairros onde as forças de Kyiv têm resistido.
A vice-ministra ucraniana disse que elementos do grupo paramilitar russo continuam presentes na cidade, devastada pela mais longa e sangrenta batalha desde a invasão russa, há 15 meses.
O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tinha anunciado, horas antes, o início da transferência das posições dos paramilitares para o exército regular.
Prigozhin anunciou, no fim de semana passado, que os mercenários que comanda tinham assumido o controlo total de Bakhmut, mas Kyiv contrapôs que as tropas ucranianas continuavam a resistir em algumas partes da cidade.
Maliar disse hoje que as forças de Moscovo estavam "a tentar parar com a artilharia" o avanço nos flancos de Bakhmut, onde as tropas ucranianas fizeram os russos recuar vários quilómetros nos últimos dias.
"O inimigo está a colocar unidades de reforço adicionais nos flancos", disse.
A vice-ministra ucraniana referiu também que as forças ucranianas repeliram os ataques russos nas zonas de Avdivka e Mariinka, situadas, tal como Bakhmut, na frente oriental.
Em declarações anteriores, Maliar levantou a possibilidade de as tropas russas poderem ser expostas ao fogo ucraniano a partir dos arredores da cidade.
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.
Situada a 55 quilómetros da capital da região de Donetsk, Bakhmut tinha cerca de 80 mil habitantes antes da guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Apesar de não ser considerada uma cidade estratégica, a batalha por Bakhmut assumiu uma importância simbólica para ucranianos e russos, que perderam um grande número de soldados em oito meses de combates.
Com um balanço por determinar, o conflito na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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