Durante o primeiro dia da reunião está prevista uma cerimónia durante a tarde para homenagear as vítimas do terrorismo e do extremismo, com declarações do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, e a participação dos governantes dos 31 Estados-membros da Aliança.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, vai participar na reunião. O encontro é informal, pelo que não há possibilidade de tomada de decisões.
A reunião propriamente dita vai realizar-se na quinta-feira e está prevista uma conferência de imprensa do secretário-geral da Aliança Atlântica às 13:00 locais (12:00 em Lisboa).
O principal ponto do encontro ministerial vai ser a invasão da Federação Russa à Ucrânia, que começou há mais de um ano e que gerou instabilidade e agitou o panorama geopolítico.
Na Europa provocou a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial, segundo classificou a ONU.
Os 31 Estados-membros da NATO vão discutir o apoio que a organização prestou à Ucrânia desde o início da invasão e o mais recente apoio anunciado: o envio de caças, nomeadamente F-16, e a instrução de pilotos ucranianos.
Portugal faz parte do conjunto de países que está disponível para instruir os pilotos da Força Aérea da Ucrânia, mas não está equacionada a disponibilização de aeronaves de combate, uma vez que os 28 F-16 que o país detém estão empenhados para patrulhar o espaço aéreo português e em missões da NATO.
A reunião antecede a cimeira de líderes da NATO, em 11 e 12 de julho, na capital da Lituânia, onde é expectável que seja pedido um esforço acrescido à maioria dos Estados-membros para que invistam mais na área da Defesa.
Portugal foi o 9.º Estado-membro da organização que menos percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) dedicou à Defesa em 2022, embora se tenha aproximado ligeiramente da meta de 2% proposta pela NATO (1,38%) e preveja aumentar a despesa para 1,66% este ano - um objetivo que estava inicialmente traçado para 2024 -- e atingir os 2% até ao final da década.
A reunião em Oslo acontece na mesma semana em que arrancou o Arctic Challenge Exercise 23 (ACE 23), considerado o maior exercício aéreo dos aliados e parceiros da NATO este ano.
Noruega, Finlândia, Dinamarca e Suécia co-organizam o exercício que começou na segunda-feira e irá prolongar-se até 09 de junho.
Estas manobras envolvem cerca de 120 aeronaves e 2.700 efetivos de 14 países: Suécia, Suíça, República Checa, Finlândia, Reino Unido, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, França, Bélgica, Itália, Noruega, Estados Unidos e Canadá.
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