De acordo com os 'media' estatais norte-coreanos, Kim Yo-jong afirmou que os esforços da Coreia do Norte para reforçar capacidades de reconhecimento espacial são um exercício legítimo do direito soberano do país.
Os comentários da irmã de Kim Jong-un foram feitos um dia depois de um foguetão norte-coreano, que transportava o primeiro satélite espião desenvolvido pelo país, ter-se despenhado ao largo da costa ocidental da península coreana devido a uma falha técnica.
Após uma rara assunção de fracasso, Pyongyang prometeu efetuar um segundo lançamento depois de determinar as causas da falha, numa altura em que o líder norte-coreano quer expandir as capacidades militares, num contexto de um prolongado congelamento da diplomacia com os Estados Unidos.
Washington condenou duramente Pyongyang pelo lançamento, com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adam Hodge, a dizer que este utilizou tecnologia de mísseis balísticos, em violação das resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, além de aumentar as tensões e arriscar-se a desestabilizar a segurança regional.
"Se o lançamento de satélites pela RPDC [República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte] deve ser particularmente censurado, os Estados Unidos e todos os outros países que já lançaram milhares de satélites, devem ser denunciados", reagiu ainda Kim Yo-jong.
Kim observou ainda que os Estados Unidos monitoram de perto a Coreia do Norte através de satélites de reconhecimento e outros meios aéreos.
"A lógica rebuscada de que apenas a RPDC não deveria ter permissão para fazê-lo de acordo com a 'resolução' (...) é claramente uma lógica errada e à gangster, que viola gravemente o direito da RPDC de utilizar o espaço e a oprime ilegalmente", afirmou.
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