O lugar - classificado como "posto de observação" e geralmente ocupado por um único diplomata - será inaugurado em Tromso, a maior cidade do norte da Noruega, e será a representação diplomática dos EUA mais a norte no planeta.
Em 2020, os Estados Unidos já tinham reaberto uma representação em Nuuk, na Groenlândia, logo abaixo do Círculo Polar Ártico.
Numa declaração em Oslo, após uma reunião ministerial informal da NATO, Blinken explicou que Washington quer "trabalhar com aliados que pensam da mesma forma para promover a visão dos EUA de um Ártico pacífico, estável, próspero e cooperativo".
"A nossa abordagem é exclusivamente garantir que o Ártico continue a ser uma região de cooperação pacífica", disse o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando que o cargo se concentrará nas mudanças climáticas e na proteção dos povos indígenas.
O recuo acelerado do gelo marinho no Ártico, devido ao aquecimento global, abre oportunidades económicas (hidrocarbonetos, minerais, pesca) e rotas marítimas promissoras, mas que podem ameaçar um ecossistema frágil e populações vulneráveis.
Assim como a Rússia - que faz fronteira com a Noruega - e a China, os EUA olham cada vez mais para esta região como um ponto de relevância estratégica.
A Noruega assumiu este mês a presidência do Conselho do Ártico, um fórum de cooperação regional que ficou enfraquecido quando a Rússia abandonou a estrutura, na sequência da invasão da Ucrânia.
A chefe da diplomacia norueguesa, Anniken Huitfeld, disse estar "muito feliz" com a decisão norte-americana.
"A Noruega e os Estados Unidos há muito que cooperam no Ártico", lembrou Huitfeldt, mostrando-se confiante de que as relações entre os dois países se irão fortalecer.
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