Zelensky propõe criação de escudo de defesa antimíssil europeu
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs hoje, na cimeira da Comunidade Política Europeia, na Moldova, a criação de um escudo de defesa antimíssil com aviões e defesas aéreas modernas para proteger os céus de todo o continente europeu.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"A nossa proposta de construção de um escudo aéreo, ou escudo de defesa aérea, para todo o continente europeu é muito importante", disse Zelensky, numa conferência de imprensa em Bulboaca, a 35 quilómetros da capital da Moldova, Chisinau, que acolheu hoje a cimeira com a participação dos principais líderes da União Europeia (UE).
Zelensky sugeriu "começar pela Ucrânia" para construir este escudo continental.
"Infelizmente, já sabemos que sistemas funcionam", disse o presidente ucraniano, referindo-se aos ataques aéreos que a Ucrânia enfrenta diariamente, aos quais responde com sistemas de defesa aérea enviados pelos aliados ocidentais.
Em declarações aos jornalistas, Zelensky sublinhou a necessidade da Ucrânia receber mais sistemas antiaéreos 'Patriot' para proteger os céus das cidades do país dos ataques de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) e de mísseis russos, como o que matou três pessoas em Kiev na madrugada de quarta-feira.
"Precisamos de uma 'coligação de Patriots'", frisou Zelensky, referindo-se ao grupo de parceiros ocidentais da Ucrânia que poderia enviar ao Governo de Kiev mais sistemas antiaéreos como os que já recebeu dos Estados Unidos, Alemanha e Países Baixos.
"Temos muitos sistemas diferentes de todos os nossos aliados, mas os 'Patriots' são 'Patriots'", acrescentou o presidente ucraniano sobre as capacidades excecionais desta tecnologia, que permitiu à Ucrânia abater os mísseis supersónicos russos 'Kinzhal', aos quais era até agora vulnerável.
Zelensky sublinhou igualmente a importância de proteger os céus ucranianos com os caças F-16 que a Ucrânia tem vindo há meses a solicitar aos seus aliados.
"Enquanto não tivermos os aviões [F-16], precisaremos de mais 'Patriots'", concluiu.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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