Através de uma declaração, a porta-voz da UE considerou "vital que os fundamentos da longa tradição senegalesa de democracia, Estado de direito e respeito pelos direitos e liberdades sejam preservados por todos".
"A UE confia na força da democracia senegalesa e nas forças políticas que a impulsionam para preparar as eleições de forma inclusiva e pacífica", adiantou.
Os protestos começaram na quinta-feira na maioria dos bairros de Dacar e das principais cidades do país, após o anúncio de uma condenação a dois anos de prisão por aliciamento de menores contra o líder da oposição Ousmane Sonko.
Sonko foi acusado no início de 2021 por uma jovem massagista, Adji Sarr, de "violações repetidas" e "ameaças de morte", acusações de que foi absolvido pelo tribunal.
O opositor e os seus apoiantes denunciaram a "instrumentalização" da justiça por Macky Sall (Presidente do país desde 2012 e reeleito em 2019) para o impedir de concorrer às eleições presidenciais previstas para fevereiro de 2024.
Conhecido pelo seu discurso "antissistema", o líder da oposição critica a má governação, a corrupção e o neocolonialismo francês, encontrando muitos seguidores entre a juventude senegalesa.
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