O novo executivo, essencialmente composto por especialistas e liderado pelo investigador Nikolai Denkov, recebeu sem dificuldade a aprovação do parlamento, onde ocupa 132 dos 240 assentos.
O antigo ministro da Educação, de 60 anos, escolhido pela coligação reformista liberal CC/BD, governará durante nove meses, ladeado da ex-comissária europeia Mariya Gabriel, de 44 anos e nomeada pelo partido conservador Gerb, que ocupará a pasta dos Negócios Estrangeiros, antes de tomar os comandos do Governo, em março de 2024.
As duas forças políticas, que empataram nas eleições legislativas de 02 de abril, anunciaram a 22 de maio um acordo para pôr fim a um impasse político sem precedentes desde o fim do comunismo, em 1989.
Em seguida, as negociações quase fracassaram, quando foram divulgadas gravações de conversas revelando fortes inimizades entre os dois campos.
Mas os antigos primeiros-ministros adversários Boïko Borissov (Gerb) e Kiril Petkov (CC) decidiram pôr de lado as suas diferenças, perante a situação catastrófica do Estado-membro da UE e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Os dois têm em comum a sua posição pró-europeia em relação à guerra na Ucrânia, num país dividido e historicamente próximo de Moscovo.
A sua política deverá, portanto, demarcar-se da dos Governos interinos, que se recusaram a enviar ajuda militar direta para Kiev, sob a liderança do Presidente russófilo Rumen Radev.
Este último também condenou esta coligação no parlamento, apelando para que este "não traísse os interesses nacionais".
Entre as principais prioridades, encontram-se a votação do orçamento do Estado cuja aprovação foi adiada devido a disputas políticas. Ao leme, estará Assen Vassilev, formado em Harvard, como ministro das Finanças e dos Fundos Europeus.
O novo Governo pretende igualmente reformar a Justiça, para melhor combater a corrupção e definiu como objetivo aderir o mais rapidamente possível à Zona Euro, bem como ao espaço Schengen, de livre circulação.
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