Quase cinco anos depois de iniciar a sua primeira greve estudantil pelo clima, a ativista climática sueca Greta Thunberg ergueu pela última vez o seu famoso cartão com as palavras 'Skolstrejk för klimatet' (do sueco 'greve escolar pelo clima') como aluna, anunciado esta sexta-feira que se formou do ensino secundário, mas deixou bem claro que continuará a marcar nos protestos semanais que criou em 2018.
Numa mensagem no Twitter, Thunberg recordou o dia em que começou a protestar pelo clima, referindo que nunca imaginou que "isto desse em alguma coisa".
"Depois de fazermos greve todos os dias durante três semanas, decidimos num grupo pequeno de crianças que o faríamos todas as sextas-feiras. Mais pessoas juntaram-se e subitamente isto tornou-se num movimento global que cresce todos os dias", afirmou a ativista.
Numa última mensagem, acrescentou ainda que vai continuar a ir aos protestos às sextas-feiras, "ainda que tecnicamente não seja uma 'greve escolar'". "Não temos simplesmente outra opção além de fazer o que podemos. A luta ainda agora começou", disse.
School strike week 251. Today, I graduate from school, which means I’ll no longer be able to school strike for the climate. This is then the last school strike for me, so I guess I have to write something on this day.
— Greta Thunberg (@GretaThunberg) June 9, 2023
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Na altura com apenas 16 anos, Greta Thunberg e as suas greves climáticas, através do movimento Fridays for Future (que em Portugal é representado pela Greve Climática Estudantil) tornaram-se famosas pelo mundo inteiro, com milhares de adolescentes e jovens a juntaram-se nos protestos por maior justiça climática, respostas mais rápidas às alterações climáticas e políticas que acabem com a exploração de combustíveis fósseis.
Foi ainda como adolescente que a sueca marcou presença no Fórum Económico Mundial em Davos, com o seu discurso enraivecido e intenso contra os políticos a ficar marcado na história mais recente. Agora, com 20 anos, Greta Thunberg aponta que "ainda estamos a seguir na direção errada", alertando que o mundo aproxima-se de "pontos extremos ecológicos e climáticos para além do nosso controlo".
Na sua última greve escolar, Thunberg apareceu vestida com um traje que os finalistas suecos costumam usar, e teve uma visita inesperada. A poeta e artista norte-americana Patti Smith, que esteve em Estocolmo durante a sua tour, apareceu no centro da cidade e conviveu com Greta, confessando a um jornal local que lacrimejou quando conheceu a jovem ativista.
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