Rússia enviou prisioneiros de guerra para a Hungria sem informar Ucrânia

Os prisioneiros libertados seriam naturais de Transcarpátia, uma região ucraniana que faz fronteira com a Hungria.

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Notícias ao Minuto
09/06/2023 17:27 ‧ 09/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

A Hungria recebeu, esta sexta-feira, 11 prisioneiros de guerra ucranianos enviados para aquele país pela Rússia, segundo disse o vice-primeiro-ministro húngaro Zsolt Semjen. Contudo, a Ucrânia não terá sido informada da troca.

"A libertação de prisioneiros de guerra ucranianos é sempre uma boa notícia. A Ucrânia, em cooperação com parceiros internacionais, está a trabalhar ativamente para trazer todos os defensores para casa", começou por dizer Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, através da rede social Facebook.

O responsável ressalvou, no entanto, que o governo ucraniano não foi informado sobre as negociações entre os lados húngaro e russo, tendo apenas tomado conhecimento da troca através das declarações de Zsolt Semjen.

Nessa linha, Nikolenko apontou que o Ministério pediu "informações detalhadas sobre os cidadãos", para que o consulado ucraniano lhes pudesse prestar assistência.

"Foi especificamente enfatizada a necessidade de coordenar a interação em questões tão sensíveis como a libertação de prisioneiros de guerra", disse ainda.

Os prisioneiros libertados seriam naturais de Transcarpátia, uma região ucraniana que faz fronteira com a Hungria.

Na verdade, a Igreja Ortodoxa Russa, que revelou ter auxiliado a troca, apontou que a mesma se deveu a "um pedido do lado húngaro", segundo a agência Reuters.

Contudo, um porta-voz do governo da Hungria assegurou ao mesmo meio que as declarações da organização religiosa são "mentira".

Não ficou, por isso, claro o que levou a esta ‘confusão’ entre os diferentes governos.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14.7 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.983 civis desde o início da guerra e 15.442 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Ucrânia. TIJ autoriza aliados a intervirem em processo contra Moscovo

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