Putin admite que contraofensiva já começou, mas "sem nenhum resultado"

O líder russo atirou ainda que "esta tragédia deve-se aos eventos ocorridos em anos anteriores", considerando que Kyiv é "inteiramente" responsável pelo conflito, já que a sua "principal fonte de poder é um golpe de estado".

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Notícias ao Minuto com Lusa
09/06/2023 17:27 ‧ 09/06/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu, esta sexta-feira, que a contraofensiva ucraniana já começou, ainda que as forças de Kyiv não tenham atingido "nenhum resultado".

"A ofensiva das Forças Armadas da Ucrânia começou. Isto é evidente pelo uso de reservas estratégicas", disse, citado pela agência Reuters.

O chefe de Estado apontou, contudo, que "as tropas ucranianas não atingiram os seus objetivos em nenhum setor - graças à coragem dos soldados russos e à sua organização".

Ainda assim, o responsável ressalvou que "o potencial ofensivo das tropas do regime de Kyiv ainda permanece", indicando que a liderança militar da Rússia avaliará "realisticamente a situação atual e partirá dessas realidades para planear as ações num futuro próximo", disse, segundo a agência TASS.

Putin disse ainda que as perdas ucranianas são "impressionantes", uma vez que superam o "clássico" de cerca de "três para um".

"Sabe-se que durante as operações ofensivas as perdas são de cerca de três para um. Isso é um clássico. Mas, neste caso, superam significativamente estes números. Não vou reproduzir os números agora, mas são impressionantes", admitiu, de acordo com a agência RIA.

O líder russo atirou ainda que "esta tragédia deve-se aos eventos ocorridos em anos anteriores", considerando que Kyiv é "inteiramente" responsável pelo conflito, já que a sua "principal fonte de poder é um golpe de estado".

De notar que um responsável da administração russa referiu-se hoje a "combates ativos" na região de Zaporíjia, com os observadores a apontarem o início da contraofensiva de Kyiv, que permanece em silêncio.

Nas últimas semanas, a Ucrânia parece ter testado as posições russas ao longo da linha da frente, do sul a leste, uma forma de manter a incerteza antes de lançar um assalto decisivo para retomar o conjunto dos territórios ocupado pela Rússia e as forças separatistas locais, incluindo a Crimeia anexada em 2014.

Por sua vez, Moscovo insiste que pretende controlar a totalidade da região do Donbass, leste do país.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14.7 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.983 civis desde o início da guerra e 15.442 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: "Combates ativos" no sul mas Kyiv silenciosa sobre contraofensiva

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