Ebrahim Raisi salientou que "desde o início da vitória da revolução islâmica no Irão", em 1979, "tem havido uma excelente relação fraterna com os irmãos da revolução sandinista na Nicarágua".
"As nossas relações não são relações normais, tradicionais, são relações completamente estratégicas", afirmou o Presidente iraniano, ao lado do chefe de Estado nicaraguense, Daniel Ortega, numa cerimónia ao ar livre realizada na simbólica Plaza de los No Alienados, junto à sede da Assembleia Nacional (Parlamento).
Raisi, que lidera uma grande delegação iraniana, disse que Teerão quer "aumentar e aprofundar as relações" bilaterais com a Nicarágua "em todas as áreas: política, económica, cultural, especialmente na ciência e tecnologia".
Por outro lado, agradeceu a Ortega por o ter convidado, bem como à delegação iraniana, a visitar a Nicarágua, cujo povo elogiou por ser "heroico, paciente, resistente e lutador".
"A revolução islâmica do Irão triunfou em fevereiro de 1979 e coincidiu com o triunfo da revolução sandinista da Nicarágua", a 19 de julho do mesmo ano, e assegurou que "a luta e o esforço dos povos durante essas revoluções se influenciaram mutuamente".
"O nosso povo conhece muito bem as lutas, os esforços e os movimentos do povo nicaraguense. Lutaram contra o imperialismo e triunfaram, lutaram contra a pilhagem, as exigências e os desejos ilegítimos do imperialismo, e triunfaram", disse Raisi.
O chefe de Estado iraniano denunciou as sanções impostas pelos Estados Unidos "para paralisar o povo" iraniano, que "não se deteve e não parou no seu caminho e transformou as ameaças e as sanções em oportunidades".
"Hoje, a nação iraniana é uma nação avançada e alcançou grandes progressos em diferentes áreas, apesar das sanções do inimigo", sublinhou.
A visita à Nicarágua é a segunda paragem do líder iraniano na deslocação à América Latina, que inclui também a Venezuela e Cuba.
A delegação que acompanha Raisi inclui os ministros dos Negócios Estrangeiros, do Petróleo, da Saúde, da Cultura, da Diplomacia Económica, entre outros.
O Irão mantém laços estreitos com a Venezuela, a Nicarágua e Cuba, cimentados pela oposição mútua aos Estados Unidos.
As relações entre o Irão e a Nicarágua têm sido muito estreitas desde que Ortega regressou ao poder, em janeiro de 2007.
Um dos principais aliados do Irão na América Latina, Ortega apoiou o programa nuclear iraniano e pediu a Israel para "se desarmar" e evitar conflitos.
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