Malásia pede ajuda à Interpol após comediante fazer piada com voo MH317

O voo MH370 desapareceu em março de 2014 com 239 pessoas a bordo. Piada foi descrita como "insensível e ofensiva" pelo governo malaio.

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Notícias ao Minuto
14/06/2023 11:44 ‧ 14/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Malásia

A comediante Jocelyn Chia está a ser alvo de críticas após ter feito, na semana passada, uma piada sobre o desaparecimento do voo MH370 da Malaysian Airlines, num clube de comédia em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A polícia da Malásia já pediu ajuda à Interpol para localizar a mulher.

Chia, que nasceu nos Estados Unidos e cresceu em Singapura, começou a piada fazendo uma referência à rivalidade entre a ilha e a vizinha Malásia, mas acabou por brincar com o acidente que vitimou mais de 200 pessoas, em março de 2014.

"Quando o meu primeiro-ministro foi à televisão anunciar que vocês nos tinham expulsado, chorou porque pensou que não conseguiríamos sobreviver sem vocês", começou por afirmar a comediante, numa referência à independência de Singapura, forçada pela Malásia.

"Mas, 40 anos depois, tornamo-nos num país do primeiro mundo. E vocês? Malásia, o que é que aconteceu? Continuam a ser um país em desenvolvimento… Agora, a Malásia está a tentar aproximar-se e nós perguntamos: 'Porque é que não nos visitaram durante 40 anos? A Malásia responde: 'Sim, tentámos, mas os nossos aviões não podem voar'", atirou, citada pela imprensa internacional.

"O quê? O desaparecimento da Malaysia Airlines não tem piada, pois não?", acrescentou, entre risos, rematando que "algumas piadas não aterram".

No sábado, o ministro da Administração Interna da Malásia, Datuk Seri Saifuddin Nasution Ismail, descreveu a piada como "insensível e ofensiva".

Já na terça-feira, o inspetor-geral da polícia da Malásia, Acryl Sani Abdullah, citado pela agência de notícias malaia Bermana, avançou que as autoridades vão pedir à Interpol para obter mais informações sobre a comediante e o seu paradeiro. 

Recorde-se que o avião - que fazia a ligação entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Beijing, na China - com 239 pessoas a bordo, a maioria cidadãos chineses, desapareceu em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Um relatório, publicado em 2018, indicou que o avião, um Boeing 777-200, mudou o seu rumo de forma manual, e que também de forma intencionada se interrompeu a comunicação com a torre de controlo, apesar de não detalhar se isto se deveu ao piloto ou por outra pessoa.

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