O Ministério da Defesa de Israel, que supervisiona e aprova as exportações de armamentos, referiu que o envio para os "países dos acordos de Abraão" representa 2,96 mil milhões de dólares [cerca de 2,7 mil milhões de euros] ou 24 por cento do total no ano passado.
Em 2021, as exportações para estes países somaram um total de 853 milhões de dólares [cerca de 789 milhões de euros], ou 09% do total, segundo a mesma fonte.
A partir de 2020, Israel normalizou as suas relações com os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão no âmbito dos chamados acordos de Abraão, sob o patrocínio dos Estados Unidos.
Estes acordos encerraram uma antiga posição comum entre os países árabes que determinava que nenhum pacto com Israel seria possível sem o fim do conflito entre os israelitas e os palestinianos.
Os acordos de Abraão foram considerados como uma traição pelos palestinianos.
"A instabilidade global está a aumentar a demanda por sistemas de defesa aérea israelitas, 'drones' e mísseis e estamos a trabalhar continuamente para preservar e fortalecer as nossas capacidades", disse o diretor-geral do Ministério da Defesa de Israel, Eyal Zamir, após a divulgação do comunicado à imprensa.
Segundo o Ministério israelita, estas exportações duplicaram nos últimos nove anos, atingindo o valor recorde de 12,5 mil milhões de dólares (11,5 mil milhões de euros) em 2022.
Em 2022, os 'drones' representaram um quarto das exportações e "mísseis, foguetes e sistemas de defesa antiaérea" representam 19%, acrescentou a nota da Defesa de Israel.
Segundo uma fonte do Governo alemão, Berlim está a tentar desbloquear uma verba de quatro mil milhões de euros para adquirir o sistema de defesa antimísseis israelita "Arrow 3".
Segundo a mesma fonte, a comissão de orçamento do Parlamento alemão (Bundestag) deve desbloquear hoje um primeiro pacote de 560 milhões de euros para um acordo pré-contratual com Israel.
Leia Também: Alemanha quer comprar sistema antimíssil israelita por quatro mil milhões