A ONG denunciou nas suas redes sociais que o porto indicado está a 650 milhas (cerca de 950 quilómetros) de distância da sua posição atual, muito mais perto da ilha da Sicília, que dista cerca de 250 milhas (cerca de 365 quilómetros).
"São quatro dias de navegação, três vezes mais longe do que o porto seguro mais próximo, na Sicília, e que devia ter sido o indicado, conforme está definido nos tratados internacionais. São sempre os mais vulneráveis quem mais sofre", lamentou a Open Arms.
A bordo seguem 117 migrantes, incluindo 31 menores de idade, o mais pequeno com três anos, e 25 mulheres, todos resgatados em águas internacionais no Mediterrâneo central, e procedentes do Sudão, Eritreia e Líbia.
A Open Arms considerou o porto atribuído como um "castigo".
O Governo de ultra-direita de Georgia Meloni tem criticado estas organizações humanitárias a quem acusa de fomentarem o fenómeno migratório.
Nos últimos tempos, o Governo italiano tem optado por indicar portos mais afastados para o desembarque de migrantes resgatados, com o objetivo de aliviar a situação nos centros de acolhimento no sul, para onde costumavam levá-los.
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