"É horrível o que aconteceu e, de momento, o mais urgente é que ajamos com medidas concretas e pragmáticas", referiu Ursula von der Leyen, em declarações aos jornalistas, em Bruxelas.
A presidente da Comissão Europeia acrescentou que o pragmatismo da União Europeia (UE) tem de se verificar, por exemplo, na "assistência macrofinanceira" à Tunísia e a colaboração com as autoridades tunisinas -- um país que está nas principais rotas de migrações e de tráfico humano para a Europa.
Contudo, os 27 têm de "estabelecer um conjunto de regras" e para isso existe o novo Pacto para as Migrações e Asilo, que "está a avançar".
"Precisamos de regras igualitárias para que qualquer pessoa que chegue a uma fronteira europeia seja tratada da mesma maneira, com solidariedade, por todos os Estados-membros, que cuide dos refugiados e das pessoas elegíveis para requerer asilo", finalizou a presidente da Comissão.
Na última semana, uma embarcação que transportava mais de 700 migrantes naufragou no Mediterrâneo, nas águas da Grécia, de acordo com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex). Pelo menos 100 foram resgatadas, mas há centenas de desaparecidos e a as chances de as autoridades encontrarem mais sobreviventes diminuem a cada dia.
A Frontex referiu, entretanto, que contactou as autoridades gregas e italianas para a presença da embarcação nas águas do Mediterrâneo, mas não houve intervenção da guarda costeira daqueles dois países da UE.
A Grécia está no centro da crise de migrantes na Europa desde 2015, com centenas de milhares de pessoas provenientes do Médio Oriente a residir em campos de refugiados, a maioria em condições deploráveis de saneamento e à mercê de abusos sexuais, discriminação e, em alguns casos, redes de tráfico humano.
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