Empresa que explorava algodão em Moçambique deixa dívida em quatro bancos

A Plexus, uma das principais firmas de exploração de algodão em Moçambique, que operava em Cabo Delgado, deixou dívidas inscritas no plano de recuperação da ordem dos 515 milhões de meticais (7,2 milhões euros), lê-se num anúncio publicado hoje.

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Lusa
21/06/2023 08:59 ‧ 21/06/2023 por Lusa

Mundo

Moçambique

O aviso do Tribunal Judicial de Cabo Delgado datado de 05 de abril surge passados dois meses e meio no Notícias, principal jornal diário moçambicano, depois de o Governo já ter anunciado em maio estar a procurar investidores para pegar nos campos de algodão.

O tribunal pede aos "credores não indicados pelo devedor" que apresentem as suas reclamações e exibe uma tabela com as dívidas conhecidas, 95% das quais contraídas junto de quatro bancos: Moza Banco, BCI, Access Bank e Societe Generale.

O Moza é credor de 197 milhões de meticais (2,7 milhões de euros), o BCI de 127 milhões (1,7 milhões de euros), o Access de 110 milhões (1,5 milhões de euros) e o Societe Generale de 58 milhões (813 mil euros).

Além dos bancos, estão identificados 3,4 milhões de meticais (cerca de 48 mil euros) de salários que ficaram por pagar, sendo o resto da dívida identificada ao fisco e segurança social.

No documento, a empresa britânica apontou os prejuízos provocados por ciclones e o impacto da violência armada em Cabo Delgado para justificar um desempenho financeiro em deterioração desde 2016 e o fim das operações no último ano.

Estima-se que cerca de 200 trabalhadores tenham ordenados em atraso e que 50 mil produtores de algodão e suas famílias em Cabo Delgado estejam desde 2022 em dificuldades para escoar a matéria-prima que até então entregavam à Plexus.

Em complemento ao anúncio feito em maio pelo ministro da Agricultura, Celso Correia, de que há contactos em curso para encontrar novos investidores, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, disse também este mês numa visita ao distrito de Montepuez, onde funcionava a sede da Plexus, que há diligências em curso para revitalizar o setor.

Uma das ferramentas será um concurso público que decorre para identificação de empresas interessadas e com capacidade técnica comprovada para o fomento da cultura de algodão no país.

Leia Também: "Despartidarização" do Estado moçambicano após fecho das bases da Renamo

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