Contraofensiva? "Não é um filme de Hollywood com resultados imediatos"

As palavras são do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que admitiu ainda que os progressos no campo de batalha têm sido "mais lentos do que o desejado".

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Notícias ao Minuto
21/06/2023 14:48 ‧ 21/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu, esta quarta-feira, que os progressos no campo de batalha têm sido "mais lentos do que o desejado", semanas após o início da contraofensiva militar ucraniana para reconquistar as zonas ocupadas pela Rússia.

"Algumas pessoas acreditam que isto é um filme de Hollywood e esperam resultados imediatos. Não é", referiu, em declarações à BBC. "O que está em jogo são as vidas das pessoas", acrescentou ainda.

De acordo com o chefe de Estado ucraniano, a ofensiva militar não está a ser fácil porque 200 mil km2 do território ucraniano foram minados pelas forças russas. 

"Apesar do que alguns queiram, incluindo tentativas de nos pressionar, com todo o respeito, avançaremos no campo de batalha da forma que considerarmos melhor", acrescentou Zelensky.

O presidente ucraniano esclareceu que os "passos rápidos" a serem dados imediatamente incluem encontrar lugares para as pessoas viverem, reconstruir a barragem destruída de Kakhovka e descentralizar a rede de energia.

Quando questionado como seria o fim da guerra nesta fase, Zelensky deixou claro que "as vitórias no campo de batalha são necessárias" e que a Ucrânia nunca pararia, fosse quem fosse o presidente em Moscovo, se a Rússia permanecesse no território da Ucrânia.

"Não importa o quanto avancemos em nossa contraofensiva, não concordaremos com um conflito congelado porque isso é guerra, é um desenvolvimento sem perspetivas para a Ucrânia", esclareceu.

Recorde-se que a ofensiva militar lançada em fevereiro do ano passado pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Rússia? "Estado maléfico não dispõe das reservas para travar a Ucrânia"

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