Shmyhal adiantou que, até ao final deste ano, o país pretende aplicar todas as diretivas e sete recomendações europeias e terminar os procedimentos de autoavaliação da legislação ucraniana em função da legislação e das diretivas europeias.
"Estaremos absolutamente prontos para as negociações e para os procedimentos de adesão à UE. Penso que estamos a avançar muito rapidamente e não estamos a pensar em décadas ou 10 anos", afirmou aos jornalistas.
Quanto a adesão à NATO, o chefe do Governo enfatizou a importância não só para o país, mas também para o resto da Europa em resposta a uma pergunta sobre se pensava que o processo iria prolongar-se durante dez ou mais anos.
"A adesão da Ucrânia à NATO é crucial para a futura segurança europeia. Por isso, penso que o processo não demorará tanto tempo como referiu, mas será muito mais rápido", anteviu.
Shmyhal espera que, durante a cimeira em Vilnius, Lituânia, em 11 e 12 de julho, "os aliados sejam muito concretos nas condições e datas das suas mensagens".
"Devo dizer que o exército ucraniano é agora um exército da NATO. Estamos a lutar com armamento da NATO, estamos a lutar de acordo com as normas da NATO, o nosso exército é treinado em países da NATO. Por isso, de facto, o exército ucraniano está agora absolutamente preparado de acordo com as normas da NATO", argumentou.
Questionado também sobre o andamento da contra-ofensiva ucraniana, o primeiro-ministro reiterou as palavras do presidente, Volodymyr Zelensky, de que não será fácil nem rápida.
Durante as últimas duas semanas, o exército ucraniano libertou oito aldeias, mais de 113 quilómetros quadrados e avançou sete quilómetros na linha da frente, o que considera "bons resultados".
"Para nós, cada vida é muito importante", vincou, acrescentando que a Ucrânia está a lutar de acordo com os padrões da NATO.
"Salvamos todos os nossos soldados e faremos operações ofensivas muito inteligentes e, por isso, pode demorar algum tempo, mas temos intenção de avançar. Todos devemos ter paciência e veremos resultados", salientou.
A Conferência Internacional sobre a Recuperação da Ucrânia (URC 2023), que começou na quarta-feira e encerra hoje em Londres, procurou angariar donativos e apoio para a reconstrução da país na sequência da invasão militar da Rússia iniciada em 2022.
A URC 2023 contou com mais de mil participantes inscritos de pelo menos 60 países, dos quais cerca de 40 a nível ministerial, bem como líderes de organizações internacionais, representantes da sociedade civil e dirigentes empresariais.
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