Os inspetores que estão a investigar o naufrágio do submersível Titan vão analisar as gravações de voz, do interior do aparelho, para ver se conseguem determinar o que aconteceu antes da tragédia e se houve indícios de crime no sucedido.
Investigadores do Conselho de Segurança dos Transportes do Canadá (TSB) visitaram o Polar Prince, navio que transportou o Titan até ao local onde este deu entrada na água, no sábado, "para recolher informações do gravador de dados de viagem da embarcação que contenham informações úteis", disse à CNN a presidente do TSB, Kathy Fox.
A mesma fonte diz que o objetivo é "descobrir o que aconteceu e porquê, e perceber o que é preciso mudar para reduzir a possibilidade ou o risco de tais ocorrências no futuro". A Comissária explica que as gravações de voz "podem ser úteis na nossa investigação", embora insista que o objetivo da investigação não é apontar culpados.
Essa função estará nas mãos da polícia. As autoridades estão a trabalhar para determinar se o caso justifica uma investigação criminal, afirmou o Superintendente da Polícia de Canadian Mounted, Kent Osmond.
"Uma investigação deste tipo só terá lugar se a nossa análise das circunstâncias indicar que as leis penais, federais ou provinciais poderão ter sido infringidas", disse aos jornalistas.
O submersível Titan, da OceanGate Expeditions, transportava cinco passageiros quando, a 18 de junho, entrou nas águas do Oceano Atlântico em direção aos destroços do Titanic. Logo no primeiro dia, as autoridades perderam o contacto com o submersível, dando origem a quatro dias de buscas pelo Titan.
O aparelho, viria a confirma a guarda costeira norte-americana, sofreu uma "implosão catastrófica" e nenhum dos passageiros sobreviveu.
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