Putin falou ao país: "A tentativa de fazer confusão interna falhou"

Putin enalteceu ainda os soldados que combateram o Grupo Wagner, lamentando também as mortes. 

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Marta Amorim com Lusa
26/06/2023 20:56 ‧ 26/06/2023 por Marta Amorim com Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, falou ao país sobre a rebelião do Grupo Wagner, no último fim de semana, e garantiu que o "levantamento militar seria, de qualquer forma, esmagado".

"A tentativa de fazer confusão interna falhou", asseverou, definindo o ato como um "passo perigoso".

Numa declaração de cerca de quatro minutos, a primeira desde a conclusão da "marcha sobre Moscovo" da Wagner no sábado, Putin referiu que durante a rebelião armada deu a ordens "para que fosse evitado derramamento de sangue".

Dizendo que a Rússia vive uma grande “ameaça” do exterior, acrescentou que "os organizadores, traindo a sua pátria e o seu povo, empurraram os mercenários" para disparar contra os seus.

Putin enalteceu ainda os soldados que combateram o Grupo Wagner, lamentando também as mortes. 

"Eles queriam um ato fratricida, os nazis de Kyiv também queriam isso, e o Ocidente", disse ainda Putin que frisou que "os organizadores desta rebelião serão levados à justiça".

Aos mercenários, dá três hipóteses: "Ou vão para a Bielorrússia, ou se juntam ao exército, ou vão para casa".

Por fim, agradeceu o papel do presidente bielorrusso no acordo. 

No sábado, o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não iria permitir o início de uma "guerra civil".

Ao fim do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

 
Antes, o chefe do grupo paramilitar acusou o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações que expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.

Leia Também: Prigozhin diz que rebelião não era para "destronar liderança da Rússia"

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