"Em resposta aos foguetes lançados no início da noite, as forças de defesa estão a realizar ataques na Faixa de Gaza", contra duas instalações militares do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), disse.
"Caças israelitas atacaram uma fábrica de armas subterrânea usada pelo departamento químico da organização terrorista Hamas, bem como uma fábrica de matéria-prima para foguetes do Hamas na Faixa de Gaza", indicou um porta-voz militar.
Uma fonte das forças de segurança palestinianas disse que os ataques aéreos israelitas atingiram um local militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza, mas garantiu que não causaram feridos.
O exército israelita disse que cinco foguetes foram disparados contra Israel a partir da Faixa de Gaza, sendo que todos foram intercetados. Até ao momento, nenhuma organização palestiniana reivindicou os disparos.
A troca de ataques surgiu numa altura em que o exército israelita se está a retirar do campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, onde lançou na segunda-feira a maior operação militar dos últimos anos.
As forças de defesa israelitas mobilizaram centenas de soldados, além de 'drones' [veículos aéreos não tripulados] e escavadoras, que devastaram ruas do campo de refugiados.
A operação originou confrontos com milícias em quem morreram 12 palestinianos, um soldado israelita e mais de 100 palestinianos ficaram feridos, 20 dos quais em estado grave, disse o Ministério da Saúde palestiniano.
O Hamas, no poder na Faixa de Gaza e é considerado um grupo terrorista por Israel e pelos Estados Unidos, tinha ameaçado retaliar.
Na terça-feira, um palestiniano foi morto a tiro, depois de atropelar e esfaquear pessoas em Telavive. Sete pessoas ficaram feridas, num ataque que o Hamas elogiou e classificou como uma "vingança heroica".
"O campo de refugiados enfrenta uma situação desastrosa", disse à agência de notícias France-Presse o autarca de Jenin, Nidal Abu Saleh, referindo-se aos cortes no fornecimento de energia e água.
O ministro da Saúde palestiniano, Mai al-Kaila, chamou a operação israelita de "uma agressão que desafia a lei internacional" numa conferência de imprensa na terça-feira à noite.
Os combates levaram "cerca de três mil" pessoas a abandonar o campo de refugiados, onde viviam cerca de 18 mil palestinianos, disse o vice-governador de Jenin, Kamal Abu al-Roub.
A Liga Árabe anunciou na terça-feira que ia convocar uma reunião de emergência, enquanto a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos, países árabes com relações diplomáticas com Israel, denunciaram a operação.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou na terça-feira a violência em Israel e na Cisjordânia ocupada e disse que "deve parar".
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