Perdeu 300 mil euros por pensar que estava a depositar na conta de Deus

"Quem diz ‘não’ a Deus Nosso Senhor?", justificou a vítima, que contou que lhe foi dito que o "banco do céu" era mais rentável do que os bancos na terra.

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Notícias ao Minuto
05/07/2023 23:59 ‧ 05/07/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

A justiça espanhola começou a julgar, esta quarta-feira, o caso de um homem, residente em León, acusado de defraudar uma idosa em quase 300 mil euros. A mulher acreditava estar a fazer depósitos numa conta de Deus.

O homem fez-se passar por Deus ou pela Virgem Maria e aproveitou-se do estado mental da mulher, que estava convencida que era uma santa, conta a estação espanhola Telecinco.

No total, entre 2014 e 2019, a mulher depositou mais de 290 mil euros numa caixa de uma loja na rua Lopes de Vega, em León. 

Os depósitos começaram após o homem ter contactado a idosa por telefone, alegando que o "banco do céu” era mais rentável do que os bancos na terra e que poderia construir uma casa no céu ao lado dos seus familiares já falecidos.

"Quem diz 'não' a Deus Nosso Senhor?", justificou a vítima, admitindo que ficou "sem um cêntimo no banco" e sem ter "sequer o suficiente para comprar um pão". 

"Ouvi a voz e pensei que era Deus, não me atrevi a dizer nada aos meus filhos porque pensei que era a palavra de Nosso Senhor", acrescentou, citada pela imprensa espanhola.

A idosa, que recebe 800 euros de reforma, chegou a contrair dois empréstimos bancários para poder fazer os pagamentos ao "banco do céu”.

No seu testemunho, a mulher defendeu ainda que foi feita santa pela Virgem Maria em 2013. "Sou santa desde 2013. Numa viagem de carro, senti umas mãos nos meus ombros e, quando cheguei a casa, levaram-me para a casa de banho", contou. 

No espelho, escreveu com sangue: "Sou a Virgem, aqui derramei todo o meu sangue. Minha filha, tu és uma santa”.

No entanto, apesar de acreditar ser uma santa, a idosa reconhece que foi vítima de uma fraude e que os depósitos não iriam para o "banco do céu”.

O acusado negou as acusações, mas o Ministério Público pediu uma pena de oito anos de prisão pelo crime de fraude. 

Leia Também: MP desmantela organização suspeita de burlas milionárias ao Estado

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