Num comunicado hoje citado pela France-Presse (AFP), o Comité de Investigação encarregue deste caso afirma que o corpo do ex-militar, de 42 anos e identificado como Stanislav Rzhitski, foi encontrado na manhã de segunda-feira com "ferimentos por balas" numa rua de Krasnodar, cidade com cerca de um milhão de habitantes.
Segundo a mesma fonte, Rzhitski era adjunto do responsável da câmara municipal que dirige as "operações de mobilização" das Forças Armadas em Krasnodar.
Os investigadores estão a tentar estabelecer a identidade do autor do homicídio e os motivos do crime, que ocorreu quanto a vítima praticava exercício físico, refere o Comité.
Segundo os investigadores, o autor do crime conhecia perfeitamente a rotina de Rzhitski e para cometer o homicídio optou por um local fora do alcance das câmaras de videovigilância.
O ex-militar, que segundo a família se retirou da atividade militar em 2021, estava incluído na lista ucraniana "Mirotvorets", segundo a qual "cumpria conscientemente ordens para destruir o Estado da Ucrânia".
As Forças Armadas russas efetuam desde abril uma ampla campanha de recrutamento militar, com a promessa de salários significativos e vantagens sociais.
A invasão russa do território ucraniano -- iniciada em fevereiro de 2022 e justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
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