A polícia de Nova Iorque deteve, na passada quinta-feira, dia 13 de julho, um dos assassinos em série mais procurados da última década nos EUA.
De acordo com a imprensa norte-americana, o arquiteto nova-iorquino Rex Heuermann, de 59 anos, já conhecido como o assassino de Gilgo Beach, casado e pai de dois filhos, está a ser acusado da morte de, pelo menos, três mulheres.
Entre 2010 e 2011, na zona onde foram encontrados os cadáveres das vítimas de Rex, foram também achados os restos mortais de outras seis mulheres, a maioria prostitutas, de um homem e de uma menina. Apesar de descartarem a hipótese de o serial killer ser o responsável por todas as mortes, as autoridades acreditam que será pelo menos de mais uma.
Testes de ADN ajudaram a identificar homicida
O norte-americano foi apanhado depois de uma longa e complexa investigação, com a ajuda de testes de ADN realizados aos restos de uma fatia de pizza, descartada por Rex em janeiro deste ano, e aos cabelos encontrados junto aos corpos de Melissa Barthelemy, Megan Waterman e Amber Costello, as três das mulheres encontradas mortas há 13 anos.
Os corpos estavam escondidos nas dunas, entre a vegetação da praia. Ao lado, uma quarta vítima, Maureen Brainard-Barnes, que a polícia suspeita que também terá sido morta por Rex. Os quatro cadáveres estavam na mesma posição, de mãos e pés amarrados. Uns com cintos, outros com fita adesiva. Todas as quatro vítimas eram prostitutas.
Segundo as autoridades, o arquiteto, que morava em frente a praia onde os corpos foram encontrados, sequestrou e matou as jovens em diferentes dias e até anos, quando a mulher e os filhos encontravam-se em viagens.
Uma vida aparentemente normal
Na altura da detenção, o chefe da polícia do condado de Suffolk, Rodney Harrison, descreveu Rex como "um demónio" e o caso como um dos "mais perturbadores" que já viu.
De acordo com Rodney, o arquiteto levava uma vida aparentemente normal. A mulher e os filhos nunca suspeitaram do que este fazia quando não estavam em casa. Era um profissional de renome e um marido e pai dedicado.
Apesar de se ter declarado inocente, em tribunal, durante o primeiro interrogatório judicial, e de até ter chorado, as autoridades encontraram provas que deixam pouca margem para dúvidas. Num cofre, o nova iorquino tinha não só 92 armas, como imagens das três mulheres a serem torturadas, violadas e mortas.
Além disso, o homem procurou na internet, pelo menos 200 vezes, sobre a investigação de Gilgo Beach, assim como por fotos das vítimas e das suas famílias.
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