Donald Trump, antigo presidente dos Estados Unidos, afirmou, esta terça-feira, que recebeu uma carta do Departamento de Justiça a notificá-lo de que é alvo da investigação sobre a invasão de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio para impedir a certificação da eleição de Joe Biden como novo presidente.
A revelação foi feita por Trump na sua plataforma, a Truth Social. O antigo presidente recebeu a carta na noite de domingo e está agora avisado de que os procuradores possuem dados que o podem ligar à prática de um crime. De realçar que a investigação é liderada pelo procurado especial Jack Smith.
“O enlouquecido Jack Smith, o procurador do Departamento de Justiça de Joe Biden, enviou uma carta (novamente, era domingo à noite!) Declarando que sou um ALVO da investigação do Grande Júri de 6 de janeiro e dando-me 4 dias muito curtos para relatar ao grande júri, o que quase sempre significa detenção e indiciamento", escreveu, lembrando que já foi indiciado por três vezes por alegados crimes relacionados com as eleições de 2020.
"Esta caça às bruxas é toda sobre interferência eleitoral e uma completa e total (política) armamento da aplicação da lei!", disse, referindo que é "o OPONENTE POLÍTICO NÚMERO UM de Joe Biden" e que o está a dominar "amplamente na corrida pela presidência".
A imprensa norte-americana nota que não é claro quais são as acusações em causa, mas que as pessoas informadas de que são alvo de investigações criminais são, muitas vezes, indiciadas.
Recorde-se que foi em novembro do ano passado que o procurador-geral dos EUA nomeou um procurador especial para supervisionar as investigações que recaem sobre Donald Trump, três dias depois do anúncio da sua candidatura presidencial.
A equipa de Jack Smith está a analisar informações que poderão provar que Trump tentou travar a transferência legítima de poder para o presidente Joe Biden (democrata), nos dias que antecederam a invasão do Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em 06 de janeiro de 2021.
A investigação de Smith concentra-se nos presumíveis esquemas de Trump e dos seus aliados para mantê-lo no poder, incluindo o uso de listas dos chamados 'eleitores-fantasma' em estados onde Biden teve mais votos.
Um dos propósitos da carta recebida por Trump é avisar um eventual arguido de que terá o direito de comparecer perante um grande júri.
Em paralelo, os procuradores da Geórgia estão a conduzir uma investigação separada sobre os esforços de Trump para reverter a sua derrota eleitoral naquele estado em concreto.
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