Michel considerou, em conferência de imprensa, "uma excelente notícia" o acordo, a nível de embaixadores, dos Estados-membros da UE acerca do novo quadro jurídico para as relações com os 79 países ACP, numa reunião à margem da cimeira de dois dias com a Comunidade de Estados da América Latina e Caraíbas (CELAC), que hoje terminou.
O presidente do Conselho referiu ainda que o texto jurídico do acordo pós-Cotonu deve ser fechado até ao fim da semana.
Na mesma ocasião, Ursula von der Leyen, saudou "vivamente" o acordo alcançado.
"Foram precisas muitas negociações, mas agora chegámos a um acordo entre os Estados-membros e vamos conseguir assiná-lo em breve", referiu.
O novo acordo visa reforçar a capacidade da UE e dos países ACP para responderem em conjunto aos desafios mundiais, estabelecendo princípios comuns e abrangendo domínios prioritários como a democracia e os direitos humanos, o desenvolvimento e crescimento económico sustentável, a paz e a segurança e ainda as migrações, entre outros.
O atual quadro de parceria, o Acordo de Cotonu, foi adotado em 2000 para substituir a Convenção de Lomé de 1975 e celebrado por um período de vinte anos.
Bruxelas acolheu na segunda-feira e hoje a primeira cimeira UE-CELAC em oito anos, com a participação de 60 chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa, e o Presidente do Brasil, Lula da Silva.
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