Os exercícios conjuntos ocorrem apesar das crescentes repercussões económicas e humanitárias suscitadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
A China afirma ser neutra no conflito, mas acusou os Estados Unidos e os seus aliados de provocarem a Rússia e reforçou a relação económica, diplomática e comercial com Moscovo.
O exercício envolve mais de dez navios e mais de 30 aeronaves, de acordo com a agência noticiosa oficial Xinhua.
O ministério e a Xinhua não deram mais detalhes, mas os exercícios deverão realizar-se em diferentes partes do Mar do Japão ao longo dos próximos dias.
Pequim recusou condenar a invasão da Ucrânia em fóruns internacionais, mas assegurou que não fornecerá armas para nenhum dos lados da guerra.
O ministério da Defesa revelou que os navios chineses se juntaram aos navios russos ao meio-dia de hoje.
Entre eles estavam os contratorpedeiros Qiqihar e Guiyang, as fragatas de mísseis guiados Zaozhuang e Rizhao e o navio de abastecimento Taihu.
Os navios chineses transportavam quatro helicópteros, segundo o ministério.
Os participantes russos incluíram as fragatas Gromkiy e Otlichnyy, que recebem visitantes desde há uma semana em Xangai, a maior cidade e o centro financeiro da China.
Os exercícios conjuntos concentram-se em comunicações navio a navio, manobras em formação e busca e salvamento marítimo, de acordo com a nota do ministério.
O exercício ocorre após uma reunião em Pequim entre o ministro da Defesa da China e o chefe da marinha russa, nas primeiras negociações militares formais entre os países vizinhos, desde um motim de curta duração protagonizado pelo grupo mercenário russo Wagner.
O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, disse ao almirante russo Nikolai Yevmenov que a China espera aumentar os intercâmbios, exercícios conjuntos e outras formas de cooperação para ajudar os laços na área da Defesa a "atingir um novo nível", de acordo com o ministério.
A China opera a maior marinha do mundo em número de cascos e supera em muito a marinha da Rússia em tamanho e capacidade técnica. As frotas e as forças aéreas dos dois países realizaram vários exercícios e manobras conjuntas desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, no ano passado.
A China considera a parceria com o país vizinho fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos.
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