Rússia desdramatiza 'drones' e vai continuar operação militar
O Kremlin afirmou hoje que vai continuar a chamada "operação militar especial" na Ucrânia até que os seus objetivos sejam alcançados, comentando o ataque com 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) da madrugada de hoje contra Moscovo.
© REUTERS/Maxim Shemetov
Mundo Ucrânia/Rússia
"A operação militar especial continua e continuará até que os seus objetivos sejam alcançados", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, na habitual conferência de imprensa diária.
Ao comentar o trabalho das defesas antiaéreas da capital, Peskov disse que só podia confirmar que "todos os 'drones' foram neutralizados" e remeteu mais pormenores para o Ministério da Defesa.
"Eles [Ministério da Defesa russo] sabem que os 'drones' de hoje foram neutralizados. Nesse sentido, estão a ser tomadas medidas", afirmou Peskov, sem adiantar pormenores.
O Ministério da Defesa russo afirmou horas antes ter frustrado "uma tentativa do regime de Kiev de levar a cabo um ataque terrorista com dois veículos aéreos não tripulados contra instalações no território de Moscovo".
No entanto, o presidente da câmara da capital, Sergey Sobyanin, informou que os 'drones' atingiram dois edifícios não residenciais em Moscovo, um deles perto do Ministério da Defesa.
A última tentativa de ataque contra Moscovo foi a 04 deste mês, quando a defesa afirmou ter frustrado um ataque terrorista com cinco 'drones' lançado pela Ucrânia contra Nova Moscovo, o distrito administrativo da capital russa.
Em Kiev, fonte do Ministério da Defesa ucraniano, que solicitou anonimato, confirmou o ataque a Moscovo com dois 'drones', considerando-o, ironicamente, uma "operação especial" do GUR, os serviços de segurança militares da Ucrânia.
Mais cedo, as agências noticiosas internacionais indicaram que um dos dois 'drones' que caíram hoje em Moscovo atingiu uma zona próxima de uma universidade militar, numa área da capital onde existem vários edifícios do Ministério da Defesa da Rússia.
Um 'drone' caiu na avenida Komsomolski, partindo as janelas de pelo menos duas lojas, uma delas especializada na venda de vinhos da Crimeia, segundo a agência de notícias EFE.
O tráfego na avenida Komsolmolski, que deixou de ser permitido após a queda do 'drone', já foi retomado e decorre normalmente.
Segundo Christo Grozev, investigador do portal de jornalismo Bellingcat, na região atacada estão vários prédios da direção dos serviços de informação do Ministério da Defesa da Rússia.
O segundo 'drone' caiu na avenida Lijachov, num centro empresarial em construção, partindo vidros do 17.º e 18.º andares numa área de 50 metros quadrados.
"Hoje, por volta das 04:00, horário local (02:00 em Lisboa), houve ataques com 'drones' em dois edifícios não residenciais. Não houve danos graves ou vítimas", disse o autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, na rede social Telegram.
Anteriormente, o Ministério da Defesa russo afirmou ter impedido "uma tentativa do regime de Kiev de realizar um ataque terrorista com dois aparelhos aéreos não tripulados contra instalações na região de Moscovo".
O Ministério russo indicou que "os dois 'drones' ucranianos foram neutralizados e acabaram por cair", acrescentando que não houve vítimas.
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