Ministro da Defesa chinês de visita à Rússia e Bielorrússia (esta semana)

O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, vai visitar esta semana a Rússia e a Bielorrússia, informou hoje o ministério, num período de crescente intercâmbio entre Pequim e Moscovo, apesar da guerra na Ucrânia.

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© NOEL CELIS/AFP via Getty Images

Lusa
14/08/2023 09:16 ‧ 14/08/2023 por Lusa

Mundo

China/Rússia

"Entre os dias 14 e 19 de agosto, Li Shangfu vai visitar a Rússia, onde participará na 11ª Conferência de Moscovo sobre Segurança Internacional, e a Bielorrússia", disse um porta-voz do ministério da Defesa chinês, Wu Qian, em comunicado.

Para além de proferir um discurso na referida conferência, Li vai encontrar-se com autoridades de Defesa da Rússia.

"Durante a sua visita à Bielorrússia, ele vai reunir-se com líderes nacionais e militares bielorrussos e visitar unidades militares bielorrussas", acrescentou a mesma nota.

No mês passado, um assessor diplomático de Vladimir Putin disse que o líder russo pretende visitar a China em outubro, respondendo ao convite feito pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante uma visita a Moscovo, em março.

Trata-se da primeira viagem de Putin à China desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia. Algumas semanas antes do início da invasão, ele visitou Pequim, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Os dois países reiteraram o seu desejo comum de combater a "hegemonia" dos Estados Unidos.

Os intercâmbios militares, através da realização de exercícios conjuntos, foram desde então reforçados, assim como as trocas comerciais, permitindo a Moscovo atenuar o impacto das sanções impostas pelo Ocidente.

A China afirmou ser neutra no conflito, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou o Ocidente de provocar o conflito e "alimentar as chamas" ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

O país asiático considera a parceria com Moscovo fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, liderada pelos Estados Unidos. As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se também rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China.

Leia Também: Rússia pode ter deixado de financiar Grupo Wagner

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