O chefe do Governo germânico adiantou que o controlo fronteiriço se vai manter enquanto faltar uma estratégia eficaz a nível europeu para o controlo da imigração e o número de pessoas a tentar chegar à Alemanha a partir da Áustria continuar alto, numa conferência de imprensa realizada na cidade austríaca de Salzburgo, em conjunto com o homólogo austríaco, Karl Nehammer.
"Neste momento, face aos números (de migrantes) que conhecemos, isso [controlo de fronteira] é algo indispensável", disse o social-democrata que lidera a coligação de Governo alemã.
Olaf Scholz mostrou-se ainda convencido de que o novo mecanismo de asilo que está em negociações no seio da União Europeia (UE) vai ser bem sucedido, a par da campanha para acordos de repatriação com os países de origem e de trânsito de migrantes.
A Alemanha e a Áustria efetuam controlos nas fronteiras onde registam maior afluência de refugiados e migrantes, apesar de a Comissão Europeia já ter criticado essas ações, por violarem o Acordo de Schengen, assinado em 14 de junho de 1985, por cinco dos Estados-membro da então Comunidade Económica Europeia, abrangendo hoje 27 países europeus.
O chanceler alemão reiterou ainda o apoio à entrada da Bulgária e da Roménia no espaço Schengen, decisão à qual a Áustria se opõe, por entender que pode aumentar o fluxo migratório para o seu território.
Karl Nehammer enalteceu, por seu turno, o acordo bilateral celebrado entre Áustria e Marrocos, em fevereiro, e um acordo entre a UE e a Tunísia, em julho, como exemplos de medidas que facilitam a "imigração ordenada para o mercado de trabalho".
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