Exército nigeriano resgata dezenas de reféns detidos por rebeldes
As forças de segurança nigerianas resgataram dezenas de prisioneiros, na sua maioria mulheres e crianças, detidos por rebeldes extremistas islâmicos na região nordeste do país, duramente atingida pela ação de grupos armados, informou o exército nigeriano.
© Reuters
Mundo Nigéria
De acordo com a referida fonte esta segunda-feira, 25 prisioneiros foram resgatados durante "operações de desminagem" pelas tropas nigerianas no distrito de Gwoza, no estado de Borno, um dos focos das ações violentas dos grupos extremistas islâmicos, que desde 2009 operam na região, destruindo vidas e meios de subsistência desde que o primeiro destes grupos, o Boko Haram, lançou uma insurreição.
Catorze prisioneiros foram resgatados no sábado, na aldeia de Gobara, e outros 11 foram libertados no domingo, quando os militares nigerianos invadiram um reduto rebelde na aldeia de Gava, ambas as localidades a cerca de 130 quilómetros da capital do estado de Borno, Maiduguri, de acordo com o porta-voz do Exército, Onyema Nwachukwu.
O exército partilhou fotografias dos reféns libertados, entre as quais algumas crianças pequenas. A maior parte dos reféns libertados aparenta sofrer de problemas de nutrição e usava roupas gastas, o que sugere que poderão ter estado detidos durante muito tempo.
"Todas as vítimas resgatadas estão atualmente sob a custódia das tropas e a ser analisadas", informou Nwachukwu, descrevendo as operações como parte dos "esforços incessantes para eliminar os restos dos enclaves terroristas do Boko Haram" em Borno e em outros estados.
A mesma fonte acrescentou que sete membros de uma "família terrorista do Boko Haram" se renderam às tropas no domingo, numa operação separada. Entre eles, constam três adultos e quatro crianças.
O Boko Haram lançou uma rebelião em 2009 para estabelecer a lei islâmica da Sharia na Nigéria.
Atualmente divididos em diferentes fações, a mais poderosa apoiada pelo Estado Islâmico, os extremistas atacam frequentemente mulheres, crianças e forças de segurança em zonas remotas do nordeste da Nigéria.
Pelo menos 35.000 pessoas foram mortas e 2,1 milhões foram deslocadas em consequência da violência extremista, que se estendeu aos vizinhos Camarões, Chade e Níger, segundo dados das Nações Unidas na Nigéria.
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