Amair Feijoli, que já cumpriu pena de 18 anos de prisão pela participação na morte da missionária ocorrida há quase duas décadas no estado amazónico do Pará, agora é investigado por invasão de terras na Amazónia.
A ação das autoridades ocorreu no município de Sena Madureira, localizado no estado amazónico do Acre, após denúncias de moradores da região.
Segundo as autoridades, os moradores descreveram "intenso desflorestamento" na região para "criar gado" e ameaças dos proprietários da fazenda vinculada, incluindo Feijoli.
Os arguidos destruíram um total de 598 hectares de vegetação nativa, "o que corresponde a 600 campos de futebol", informou a polícia brasileira em comunicado.
Os danos ambientais, explica a nota, atingem um valor aproximado de 18 milhões de reais (3,4 milhões de euros).
Feijoli foi um dos cinco condenados pela morte da freira norte-americana e admitiu ter intermediado a contratação dos executantes do crime.
A missionária, de 73 anos, foi morta a tiros em 12 de fevereiro de 2005, numa zona rural do município de Anapú, região onde são recorrentes os conflitos por terras e onde a freira lutou contra a destruição da selva amazónica durante 20 anos.
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