A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitou esta quinta-feira Caivano, uma cidade assolada pelo crime, perto de Nápoles, e que foi palco de mais um violento crime de abuso sexual.
Duas primas menores foram violadas, durante meses, por seis jovens entre os 18 e 19 anos.
A ministra italiana visitou o local a convite do pároco local, que endereçou um pedido à governante, numa altura em que se diz com as mãos atadas e sem saber que fazer para melhorar a vida das pessoas que moram nestes bairros.
A sua visita fez-se momentos depois de o seu companheiro ter feito declarações polémicas afirmando que se as mulheres não querem ser violadas não devem embriagar-se.
Ao contrário do que se previa - depois de ter sido alvo de várias ameaças - a visita decorreu com normalidade. Poucos foram os que saíram à rua para cumprimentá-la.
Durante a sua visita, Meloni reconheceu que Caviano foi um território esquecido pelo Estado e assumiu que a sua visita visava dar a cara por este erro.
Meloni passou algumas horas, a convite do pároco local, no bairro de Green Park, na cidade de Caivano, onde as raparigas, primas de 11 e 12 anos, foram alegadamente agredidas. Meloni prometeu que um complexo desportivo abandonado e degradado, o local suspeito de algumas das alegadas violações, seria reparado e estaria operacional na primavera.
Meloni classificou as alegadas violações como "um ato desumano, um crime infame que chocou toda a gente".
A viagem foi uma ocasião para Meloni mostrar que o seu governo de direita, com quase um ano de existência, é duro contra o crime e atento às pessoas que vivem em zonas do país largamente negligenciadas.
Confira na galeria acima as imagens da visita.
Leia Também: Giorgia Meloni ameaçada de morte antes de visita a cidade no sul