Nyusi no Zimbabué para "celebrar a democracia" na posse de Mnangagwa 

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse hoje que está no Zimbabué para "celebrar a democracia", numa visita de um dia para participar na tomada de posse, para um segundo mandato, do seu homólogo Emmerson Mnangagwa.

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Lusa
04/09/2023 15:01 ‧ 04/09/2023 por Lusa

Mundo

Moçambique

"Estamos todos juntos e estamos aqui para celebrar a democracia", disse à comunicação social Filipe Nyusi, em Harare, capital do Zimbabué, referindo que o "povo do Zimbabué" é que é vencedor.

O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, tomou hoje posse para um segundo mandato, após a vitória nas eleições de agosto, cujos resultados foram rejeitados pelo principal candidato da oposição, Nelson Chamisa, que denunciou fraudes e afirmou ser o vencedor.

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, felicitou Mnangagwa pela vitória, considerando que a sua reeleição "evidencia a confiança" depositada em si pela "maioria dos eleitores para continuar a liderar a nação zimbabueana".

"Gostaria de assegurar-vos o meu empenho em trabalhar com Vossa Excelência para aprofundar os laços de irmandade e cooperação entre os nossos dois países e povos, bem assim na SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral], União Africana e Nações Unidas", disse Filipe Nyusi, numa mensagem endereçada ao Presidente zimbabueano aquando da sua reeleição.

Mnangagwa foi empossado durante uma cerimónia no Estádio Nacional de Desportos, em Harare, evento que contou com a presença da antiga primeira-dama Grace Mugabe, mulher de Robert Mugabe, deposto em 2017 num golpe de Estado sem derramamento de sangue, que elevou o então vice-presidente do país africano à presidência, como noticiou o jornal The Herald.

Apesar das alegações de fraude de Chamisa, o Presidente defendeu que o país "é uma democracia madura" e estendeu a mão aos outros candidatos para trabalharem pelo futuro do país.

Mnangagwa, que chegou ao poder após um golpe de Estado contra Mugabe, que liderava o país desde 1980, foi reeleito para um novo mandato com 52% dos votos contra Chamisa, que ficou em segundo lugar, com 44% dos votos.

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