"No próximo ano, planeamos gastar 137 mil milhões de zlotys (30,7 mil milhões de euros) em Defesa. Isso representa mais de 4% do nosso PIB", disse o Presidente durante uma grande exposição militar em Kielce, no sul do país, citado pela agência noticiosa PAP.
Tal representa igualmente um aumento em relação aos 4% do PIB que a Polónia se comprometeu em janeiro a gastar este ano, muito acima dos 2% do PIB exigidos pela NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
"Não há preço que não paguemos para a Polónia ser livre, soberana e independente e para os polacos poderem viver em total segurança", sublinhou Duda.
Membro da NATO e da União Europeia (UE), a Polónia decidiu aumentar o seu orçamento para a Defesa na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada há mais de um ano e meio, a 24 de fevereiro de 2022.
Mais recentemente, fez também soar o alarme em relação às ameaças colocadas pelo seu outro vizinho a leste, a Bielorrússia, alertando para "provocações" protagonizadas, em particular, por mercenários do grupo Wagner atualmente instalados naquele país.
Desde o início da guerra na Ucrânia, Varsóvia assinou muitos contratos para grandes aquisições de armamento, principalmente com os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
No final de agosto, Washington aprovou um contrato gigantesco que envolve a venda de 96 helicópteros de combate Apache à Polónia, no valor de 12 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros).
Outros contratos concluídos com os norte-americanos incidem sobre 32 caças F-35, 366 tanques Abrams e sistemas antimísseis Patriot, ao passo que os contratos com a Coreia do Sul incluem mil tanques K2, cerca de 700 lança-obuses autopropulsados, 50 caças FA-50 e 288 sistemas de lançadores múltiplos de 'rockets' K239.
A Polónia comprou também à filial britânica do grupo europeu de armamento MBDA mísseis antiaéreos no valor de cerca de 1,9 mil milhões de libras (2,2 mil milhões de euros).
Varsóvia vai ainda adquirir quatro sistemas noruegueses de mísseis antinavios por cerca de 1,4 mil milhões de euros, anunciou hoje o respetivo construtor, o grupo Kongsberg Defence & Aerospace.
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