O antigo líder do grupo de extrema-direita Proud Boys Enrique Tarrio foi condenado, esta terça-feira, por um juiz federal, a uma pena de prisão de 22 anos pelo seu papel no planeamento da invasão do Capitólio, nos Estados Unidos.
Tarrio foi um dos quatro Proud Boys considerados culpados de conspiração sediciosa em maio.
Segundo a NBC, a sua sentença é a mais longa até agora no caso, superando os 18 anos concedidos ao fundador do Oath Keepers, Stewart Rhodes, que também foi condenado por conspiração sediciosa.
Segundo os procuradores, Tarrio ajudou a dirigir a invasão de 6 de janeiro de 2020 a partir da cidade de Baltimore uma vez que, no momento da invasão, o homem não se encontrava em Washington. Um juiz tinha determinado que saísse da cidade por ter incendiado um bandeira do movimento 'Black Lives Matter'.
Na semana passada, Joe Biggs foi condenado a 17 anos, Zachary Rehl a 15 anos, e Ethan Nordean a 18 anos. Dominic Pezzola, o quinto réu no julgamento de conspiração sediciosa, foi considerado inocente da acusação principal, mas considerado culpado de outras acusações. Assim, foi condenado a 10 anos.
De recordar que a 6 de janeiro de 2021, cerca de 10 mil pessoas, na maioria apoiantes de Trump, deslocaram-se até o Capitólio. Cerca de 2.500 invadiram o edifício e centenas entraram em confrontos com as forças de segurança.
Mais de 770 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com os distúrbios. Mais de 250 delas declararam-se culpadas, principalmente por infrações, e mais de 140 deles foram sentenciados.
[Notícia atualizada às 23h13]
Leia Também: Capitólio. Ex-líder dos Proud Boys condenado a 18 anos de prisão