Uma família espanhola, residente nas Ilhas Canárias, planeou durante vários meses umas férias de verão em Malta. No entanto, as férias de sonho rapidamente se tornaram num pesadelo, quando souberam que a dona do Airbnb que tinham reservado tinha morrido há vários dias.
Segundo a estação Telecinco, a família Montesdeoca tinha contactado a mulher alguns dias antes de viajar para a ilha do Mediterrâneo para saber como entrar na habitação. No entanto, os espanhóis não obtiveram resposta e, como a dona do imóvel tinha sido sempre rápida a responder a outras questões, decidiram contactar o Airbnb.
A plataforma ficou de contactar a proprietária da habitação e de informar a família caso tivesse novidades, mas tal nunca aconteceu.
A família - composta por um casal, os filhos e as sogras - decidiu viajar para Malta na mesma. Quando chegaram à ilha, ainda não sabiam como entrar na habitação e, por isso, as idosas ficaram hospedadas num hotel reservado à última hora, enquanto o casal foi até ao Airbnb que tinham alugado.
O apartamento parecia limpo e arrumado por fora, mas não havia qualquer indicação de como entrar. Após questionarem os vizinhos, o casal conseguiu obter a morada da proprietária e decidiu ir até lá. Mas, uma vez mais, não conseguiu localizar a mulher.
No dia seguinte, o casal voltou a tentar contactar a dona do apartamento. Sem sucesso. Os vizinhos começaram também a preocupar-se com a situação e decidiram ajudá-los na busca.
Uma pessoa revelou então que tinha visto a mulher a ser levada numa ambulância, mas no hospital disseram-lhes que já tinha tido alta hospitalar.
Um dos vizinhos reportou o desaparecimento da mulher à polícia e, quando o casal regressou à sua habitação, deparou-se com um enorme cenário policial: a dona do Airbnb estava morta em casa há vários dias.
"Na casa estavam muitos polícias e também peritos forenses. A minha mulher entrou, identificou-se e colocou-se à disposição, caso precisasse de prestar declarações", contou António Montesdeoca, acrescentando que "foi um momento muito difícil".
"Chocados e desorientados, não tivemos outra alternativa senão sentarmo-nos numa esplanada, voltar a ligar para a Airbnb e dizer que a anfitriã tinha aparecido morta, para ver que solução nos davam", disse ainda, explicando que as mães do casal "são diabéticas e estavam 35 graus".
Segundo a família Montesdeoca, após o sucedido, o Airbnb não ofereceu qualquer tipo ajuda, justificando que, "segundo o protocolo", a plataforma teria de conseguir contactar a anfitriã - que estava morta.
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