"Estou arrasada com a notícia de uma série de ataques que hoje, mais uma vez, deixaram um rasto de morte e destruição em diferentes partes da Ucrânia. O ataque desprezível que há poucas horas atingiu um mercado em Kostiantynivka, na região de Donetsk, violentou civis nesta comunidade devastada pela guerra, matando e ferindo dezenas de adultos e crianças", disse Brown, num comunicado.
"É um dia verdadeiramente triste para a Ucrânia. Este acontecimento profundamente trágico e inaceitável é apenas mais um exemplo do sofrimento que a invasão da Rússia inflige aos civis em todo o país", frisou a representante.
Pelo menos 16 pessoas morreram hoje num bombardeamento russo a um mercado da cidade de Kostiantynivka, no leste da Ucrânia, anunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na plataforma digital Telegram.
"A artilharia dos terroristas russos matou 16 pessoas na cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk", escreveu Zelensky, referindo um mercado, lojas e uma farmácia atingidos.
O chefe de Estado ucraniano publicou juntamente com a mensagem um vídeo em que se vê o momento da deflagração e alguns dos seus devastadores efeitos sobre o mercado.
"Um mercado normal. Lojas. Uma farmácia. Pessoas que não fizeram nada de mal. Muitos feridos. Infelizmente, o número de mortos e feridos poderá aumentar", observou, criticando aqueles que "ainda tentam" contemporizar com a Rússia.
No mesmo comunicado, a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia sublinhou que "dirigir intencionalmente um ataque contra civis ou bens civis ou lançar intencionalmente um ataque sabendo que causará danos civis desproporcionais é um crime de guerra".
"O direito humanitário internacional deve ser respeitado. O povo da Ucrânia precisa que esta devastação cruel acabe", concluiu Denise Brown.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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