O chefe do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, ordenou na semana passada a suspensão das exportações da Faixa de Gaza para Israel, depois de uma tentativa de contrabando de explosivos, de acordo com um comunicado do exército e do Ministério da Defesa.
Kerem Shalom é o único ponto de passagem de mercadorias de e para Israel, que impôs um bloqueio à Faixa de Gaza, desde que o movimento islâmico do Hamas assumiu o controlo do território em 2007.
A passagem foi reaberta hoje de manhã, disse o chefe do Comité Presidencial de Coordenação dos Bens, Raeed Fattouh, filiado na Fatah, o partido do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.
"Vários camiões [...] atravessaram a passagem para o lado israelita", referiu.
O departamento do Ministério da Defesa israelita responsável pelos assuntos civis, denominado Cogat, confirmou num comunicado que a passagem tinha sido reaberta "na sequência de ajustamentos de segurança".
"Os serviços de segurança não permitirão que os terroristas utilizem as oportunidades dadas aos civis e às necessidades humanitárias na Faixa de Gaza para o terrorismo", acrescentou o mesmo comunicado.
Os empresários palestinianos em Gaza já tinham alertado para uma "crise humanitária" se o encerramento desta passagem se prolongasse.
A Faixa de Gaza, um território assolado pela pobreza e pelo desemprego, onde vivem 2,3 milhões de palestinianos, tem sido palco de várias guerras com Israel desde 2008.
O encerramento de Kerem Shalom acontece numa altura em que esta região regista um aumento da violência.
Desde o início do ano, a violência ligada ao conflito israelo-palestiniano cresceu, causando a morte de pelo menos 227 palestinianos, 32 israelitas, um ucraniano e um italiano, de acordo com uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais.
Do lado palestiniano, este número inclui combatentes e civis.
Já do lado israelita engloba principalmente civis e três membros da minoria árabe.
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