O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou na sexta-feira que os cães de raça American Bully XL vão ser proibidos no país até ao final do ano, depois de serem conhecidos vários ataques por estes animais, reportou a agência Reuters.
"Está claro que este cão é um perigo para as nossas comunidades. Ordenei um trabalho urgente para definir e banir esta raça para que possamos acabar com estes ataques violentos e manter as pessoas seguras", afirmou Sunak numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
Ao anunciar o plano, o primeiro-ministro declarou que "partilha do horror da nação", na sequência dos ataques violentos destes cães, que considerou "mal treinados".
"É um padrão de comportamento e não pode continuar", acrescentou num vídeo.
It’s clear the American XL Bully dog is a danger to our communities.
— Rishi Sunak (@RishiSunak) September 15, 2023
I’ve ordered urgent work to define and ban this breed so we can end these violent attacks and keep people safe. pic.twitter.com/Qlxwme2UPQ
O anúncio ocorreu menos de uma semana depois de um destes animais ter atacado uma menina de 11 anos, que caminhava na rua, em Birmingham. Na quinta-feira, um homem morreu após ser atacado por dois cães desta raça, em Stonnall.
O grupo de campanha Bully Watch, citado pela Reuters, defendeu a proibição da venda e criação destes cães, uma vez que a raça foi responsável por mais de metade dos ataques fatais no Reino Unido no ano passado.
Os American Bully XL foram originalmente criados a partir de American Pit Bull Terriers e American Staffordshire Terriers e apareceram pela primeira vez no país "por volta de 2014 ou 2015", com o número a crescer rapidamente nos últimos ano.
No entanto, várias instituições britânicas de bem-estar animal, incluindo a RSPCA, afirmaram que proibir raças específicas de cães não é a solução.
Numa declaração conjunta, as associações culparam a "criação e posse irresponsáveis", revelando que o governo se deveria concentrar em "regulamentações de controlo e na promoção da posse e treino responsável".
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