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Cinco prisioneiros de Teerão a caminho dos EUA e dois iranianos no Qatar

A troca de prisioneiros entre Estados Unidos e Irão começou, com cinco dos detidos em Teerão já em viagem e dois dos cinco iranianos recebidos em Doha, no Qatar, de onde partirão em breve para a capital iraniana.

Cinco prisioneiros de Teerão a caminho dos EUA e dois iranianos no Qatar
Notícias ao Minuto

15:26 - 18/09/23 por Lusa

Mundo Prisioneiros

De acordo com as autoridades iranianas, citadas pela agência de notícias AFP, os cinco prisioneiros que serão entregues aos Estados Unidos já saíram de Teerão.

Por outro lado, dois dos cinco prisioneiros iranianos, "Mehrdad Moin-Ansari e Reza Sarhangpour, libertados durante a troca de prisioneiros iranianos e norte-americanos e que planeiam ir para o Irão, chegaram a Doha", informou a agência iraniana Tasnim.

Outros três prisioneiros iranianos também foram libertados, segundo a mesma fonte, mas não querem voltar para o Irão.

O Irão e os Estados Unidos decidiram trocar hoje cinco prisioneiros cada, após a conclusão da transferência de fundos iranianos que estavam bloqueados na Coreia do Sul, anunciou o Governo iraniano.

"Cinco cidadãos iranianos detidos nos Estados Unidos serão libertados e cinco cidadãos norte-americanos regressarão aos Estados Unidos", disse, hoje de manhã, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, citado pela agência espanhola Efe.

O diplomata referiu que dois dos cidadãos iranianos regressarão ao país, dois permanecerão nos Estados Unidos e o quinto viajará para um terceiro país.

Dados da progressão de voos analisados pela Associated Press (AP) mostraram um voo da Qatar Airways a descolar, no Aeroporto Internacional Mehrabad, em Teerão, que já foi usado para trocas de prisioneiros no passado, sendo que os media estatais iranianos disseram, logo a seguir, que o avião tinha acabado de sair da capital.

A troca de prisioneiros segue-se à conclusão da transferência dos fundos pertencentes a Teerão (cerca de 5,6 mil milhões de euros) que estavam bloqueados pelas sanções dos Estados Unidos, no âmbito de um acordo alcançado entre Teerão e Washington no início de agosto.

O Qatar serviu de mediador entre o Irão e os Estados Unidos, dois países que não mantêm relações diplomáticas.

Os Estados Unidos aprovaram uma derrogação para a libertação de fundos de pagamentos de Seul para a compra de gás ao Irão e o dinheiro foi transferido para várias contas no Qatar.

Washington disse que Teerão não terá acesso direto aos fundos, que só poderão ser utilizados para fins "estritamente humanitários".

A aquisição de produtos humanitários é autorizada ao abrigo das sanções norte-americanas que afetam a República Islâmica devido ao desenvolvimento do programa nuclear.

Membros do Governo iraniano concordaram com esta situação, embora alguns elementos da "linha dura" tenham insistido, sem apresentar provas, que não haveria restrições à forma como Teerão irá usar o dinheiro.

De acordo com a AP, a troca de prisioneiros desenrolou-se no quadro "de uma escalada militar norte-americana no Golfo Pérsico", com a possibilidade de tropas dos Estados Unidos abordarem e apresarem navios comerciais no Estreito de Ormuz, através do qual navegam 20% de todos os cargueiros de petróleo.

O Irão tem sido acusado de utilizar cidadãos com dupla nacionalidade e prisioneiros estrangeiros como meio de pressão ou de troca de prisioneiros com outros Estados.

Trata-se de uma prática descrita como "diplomacia de reféns" por outros países e por organizações de direitos humanos.

Leia Também: Irão e EUA vão trocar prisioneiros hoje após transferência de fundos

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