Em comunicado divulgado hoje, o governador regional de Zaporíjia, Evguéni Balitski, anunciou que Rogozine será senador pela Rússia na região, elogiando-lhe a "experiência e competência colossais".
Esta nomeação surge na sequência das eleições regionais e municipais russas de dia 10 de setembro, alargadas às regiões da Ucrânia que Moscovo anexou já depois da invasão de fevereiro de 2022 - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia - e também à península da Crimeia, anexada em 2014.
"Estou grato ao governador eleito da região de Zaporíjia pela confiança que depositou em mim ao permitir-me representar esta região libertada, pertencente à antiga Rússia na câmara alta do nosso Parlamento federal", declarou também Dmitri Rogozine, em declarações à agência russa TASS.
Kiev e os seus aliados, nomeadamente a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, consideraram que as eleições de 10 de setembro nos territórios ucranianos ocupados foram ilegais e não terão quaisquer consequências jurídicas.
Na altura, a UE considerou que as eleições foram "uma tentativa fútil da Rússia de legitimar ou normalizar o seu controlo militar ilegal (...) de partes dos territórios ucranianos", concluindo que não iria reconhecer essas mesmas consultas eleitorais ou os seus resultados.
Por seu lado, os Estados Unidos referiram-se às "eleições falsas nas áreas ocupadas da Ucrânia" como um "mero exercício de propaganda", e afirmaram que "nunca reconhecerão as reivindicações da Federação Russa sobre qualquer território soberano da Ucrânia".
No final de setembro de 2022, a Rússia anunciou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia, que juntou à Crimeia, anexada em 2014.
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