"O Azerbaijão tenciona amnistiar os combatentes arménios que depuseram as armas em Nagorno-Karabakh. Mas aqueles que cometeram crimes de guerra durante as guerras em Nagorno-Karabakh devem ser-nos entregues", disse a fonte governamental, explicando assim porque é que homens em idade de combater foram filmados por uma câmara no último posto de controlo antes de abandonarem o enclave.
Milhares de habitantes de Nagorno-Karabakh tentam fugir da região para a Arménia, onde pelo menos 13.000 pessoas já encontraram refúgio, segundo Erevan, uma semana após a ofensiva militar de Baku na região secessionista do Cáucaso.
Os arménios utilizaram o corredor de Latchine, a única estrada que liga Nagorno-Karabakh à Arménia, reaberta no domingo pelo Azerbaijão após meses de bloqueio.
A Arménia e o Azerbaijão, duas antigas repúblicas soviéticas, entraram em conflito militar no Nagorno-Karabakh de 1988 a 1994 (30.000 mortos) e no outono de 2020 (6.500 mortos).
Durante a primeira guerra, em particular, registaram-se massacres de civis em grande escala.
Em 2020, o Azerbaijão recuperou o controlo do território circundante numa guerra de seis semanas.
No sábado, as forças azeris reconquistaram a cidade de Khojali, onde centenas de pessoas foram mortas no início dos anos 1990, quando foi tomada pelos separatistas arménios.
Na semana passada, os separatistas, já enfraquecidos pela derrota em 2020, renderam-se em menos de 24 horas após uma ofensiva das forças do Azerbaijão que, segundo a Arménia, fez pelo menos 200 mortos.
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