Através da rede social X (antigo Twitter), o principal porta-voz do Governo talibã, Zabiullah Mujahid, afirmou que "as discussões e opiniões na ONU foram desviadas para apenas duas questões pequenas e locais, como a educação das mulheres e o seu trabalho".
O porta-voz talibã criticou, por isso, a intervenção da diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, a pedir a todos os membros do Conselho de Segurança para se consciencializarem para o "apartheid de género no direito internacional" em vigor no Afeganistão, devendo ser essa a resposta da ONU à "opressão em massa" organizada pelo Estado sob controlo dos talibãs.
Apesar das promessas iniciais de mudança face à primeira ocasião em que governaram o Afeganistão, entre 1996 e 2001, os talibãs impuseram restrições severas aos direitos das mulheres afegãs desde que voltaram a controlar o Estado afegão há dois anos.
Essas restrições incluem a proibição total do ensino secundário e universitário feminino às mulheres, após a introdução de alterações nos currículos escolares e nas regras de vestuário, a proibição de trabalho em organizações não governamentais nacionais e estrangeiras e ainda o condicionamento da sua presença em espaços públicos.
O porta-voz talibã vincou ainda que a ONU deveria remover os líderes fundamentalistas da sua lista negra, remover as sanções internacionais e reconhecer o governo interino dos talibãs, que assumiram o poder em agosto de 2021.
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